Muita gente ainda não sabe qual é o procedimento e como funciona a doação de órgãos no Brasil, por isso no artigo de hoje vamos falar melhor sobre como funciona. O procedimento será focado na Santa Casa, que está apta para realizar esse tipo de procedimento. Mas todos os hospitais que realizam transplante seguem o mesmo padrão, isso porque tem que ser um processo uniformizado, não podendo haver diferença no processo entre um hospital e outro.

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No Brasil 95% das cirurgias de transplante de órgãos são realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os transplantes realizados no Brasil são de fígado, rim, coração, córnea, medula óssea, ossos e tecidos. No Brasil o órgão que mais precisa – se para doação é o rim, seguido da córnea e depois é o fígado.

Para que essas filas sejam ultrapassadas no Brasil é importante conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. É importante ressaltar que alguns órgãos seguem uma fila, essa fila é única. Não importando o hospital que você faça o tratamento, e sim o estado que você está cadastrado.

Quem pode doar órgãos?

 Toda a pessoa que for confirmada com morte encefálica pode ser doadora. A morte encefálica é caracterizada por um quadro irreversível onde não há mais resposta cerebral confirmada por exames específicos. Quando se é confirmado a morte encefálica de um paciente na Santa Casa, ou em qualquer hospital, a instituição tem que avisar imediatamente a Central de Transplantes.

Autorização da família

 Depois que é confirmada a morte encefálica a família é obrigatoriamente consultada sobre poder doar os órgãos. Atualmente no Brasil mensagens deixadas pelo doador, ou ter que é doador nos documentos oficiais não garantem que o órgão possa ser retirado. As únicas pessoas que podem autorizar e assinar o termo é a família.

Atualmente no Brasil muitas famílias não assinam, o que gera uma fila enorme a espera do órgão. Por isso é muito importante que todos nós conversemos com nossa família em vida sobre o desejo da doação, muitas famílias acabam não doando porque o assunto não foi conversado anteriormente, é importante que sua família saiba do seu desejo de ser um doador de órgãos.

Claro que o órgão precisa estar em condições para ser doado. Verificando as condições do órgão e a família autorizando vamos para o outro passo.

Retirada de órgãos

 É preparado uma sala cirúrgica e uma equipe qualificada para que aconteça a retirada dos órgãos. É possível retirar mais de um órgão do mesmo paciente, na hora de assinar o termo a família pode escolher o que deixa retirar, e o que não deixa. Os órgãos que duram menos fora do corpo são os retirados primeiro.

Há 27 centros de notificações integrados no Brasil, onde os dados do doador vão ser cruzados com quem está na fila. Então, o primeiro da fila, que tiver a compatibilidade com o órgão vai ser preparado para uma cirurgia.

Cirurgia do receptor

 Agora que o órgão esta devidamente retirado e calhou de ser um paciente acompanhado na Santa Casa que estava na fila e foi compatível com esse órgão é hora da cirurgia.

O procedimento é de cirurgia normal, tem anestesia, tempo em jejum, e etc. O tempo de cirurgia vai depender do órgão retirado. Nenhuma cirurgia que retira um órgão e coloca outro no lugar é considerada simples, mas algumas tem um tempo de cirurgia e recuperação menor do que outras. Por exemplo, a recuperação de uma pessoa que transplanta o rim é mais tranquila e em menos dias do que uma pessoa que transplanta coração e fígado.

Depois do procedimento a Santa Casa prepara uma equipe completa para o paciente, além do médico que o acompanha o paciente vai ter uma dieta controlada por nutricionistas, vai fazer exercícios indicados pelo fisioterapeuta, vai ter o cuidado da enfermagem em explicar as novas medicações, vai ter psicólogos avaliando como o paciente está reagindo emocionalmente a todo esse processo.

Ao contrário do que muita gente pensa depois do transplante o paciente tem que continuar em acompanhando ambulatorial na Santa Casa para sempre verificar o funcionamento do órgão transplantado, além de fazer uso dos remédios imunossupressores para o resto da vida para evitar possíveis rejeições do órgão transplantado.

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