Criada em 1861, a Santa Casa de Teresina funcionava sob o nome de Hospital da Caridade, até ser extinta em virtude da inauguração do Hospital Getúlio Vargas, em 1941.

Com uma situação precária, a Santa Casa de Misericórdia de Teresina se mantinha com a ajuda do estado e de caridade para atender pacientes com alienação mental e outros indivíduos. Essa mistura do atendimento motivou a construção do Asilo de Alienados e, mais para frente, do Sanatório Meduna.

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Até 1880, a Santa Casa de Misericórdia funcionava como um espaço para “atenuar” a pobreza, oferecendo consolo, acolhimento e hospedaria, inclusive para portadores de qualquer doença, contagiosa ou não.

Saiba mais sobre a origem da Santa Casa de Teresina e porque ela foi extinta. Acompanhe!

Origem da Santa Casa de Teresina

A Santa Casa de Misericórdia (antes conhecida como Hospital da Caridade) fazia parte de um projeto político que prometia melhores condições no tratamento aos pacientes. O local coexistiu junto ao Hospital de Caridade de Oeiras, quando foi transferida para Teresina, em 1852, após a mudança da capital de Piauí.

A partir daí, o Hospital de Oeiras reduziu suas funções – devido aos poucos recursos do Estado para subsidiar duas instituições –, passando a funcionar como enfermaria.

Já o Hospital de Caridade teresinense foi extinto em 1º de agosto de 1861 para, no dia 17 de agosto, ser reinaugurada e nomeada Santa Casa de Teresina.

Funcionamento da Santa Casa

Como mencionado neste artigo, até o início da Primeira República, a Santa Casa de Misericórdia não funcionava como uma instituição de cura dos doentes, mas sim, um local para acolher enfermos, oferecendo consolo, hospedaria e atenuação do sofrimento.

As dificuldades para manter a Santa Casa de pé vieram em 1871, quando o prédio onde funcionava o hospital desabou. A reconstrução levou 20 anos para ser concluída, uma vez que dependia de verbas do Estado e de doações da população.

Sobrevivendo da caridade pública e sem uma organização destinada a angariar recursos para a Santa Casa de Teresina, o hospital recebia esmolas que eram destinadas à Irmandade religiosa de Nossa Senhora das Dores.

A situação começou a melhorar quando foi criado o Estatuto da Santa Casa, em 1890, que só foi posta em voga em 1898. Nessa época, surgiu a filantropia como ação pública em Teresina.

Da Santa Casa de Teresina ao Hospital Getúlio Vargas

Se até então o problema era de ordem financeira, a Santa Casa de Teresina passou a enfrentar outro: as duras críticas por não aceitar a vinda e permanência de irmãs religiosas para trabalhar na enfermagem do hospital.

Os embates eram políticos e religiosos e, segundo consta, a presença de irmãs para cuidar dos enfermos foi recusada pelo até então governador de Piauí, Antonino Freire da Silva. O político foi acusado pelo jornal O Apóstolo de ser maçom e, por isso, teria expulsado as irmãs de Caridade da Santa Casa de Misericórdia teresinense como forma de combater a igreja.

Esse e outros problemas de acomodação e de recursos, somados à construção do Hospital Getúlio Vargas, em 3 de maio de 1941, deram fim à Santa Casa de Misericórdia de Teresina.

O Hospital Getúlio Vargas foi inaugurado para ser um projeto de assistência pública hospitalar mais moderno que aquela oferecida pela Santa Casa de Teresina. O hospital tem a missão de oferecer assistência humanizada, segura, eficiente e de qualidade.