O nascimento da Santa Casa de Campo Grande por si já foi idealizado a partir de um ato fraternal. Um grupo de cidadãos campo-grandenses sensibilizou-se com duas situações na região: falta de hospital e péssimo atendimento nos que se localizavam distantes. Dessa observação para a ação, o grupo precisou de pouco tempo, para colocar em prática uma instituição de atendimento médico que melhorasse esse situação atual.
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Assim, em 1917, a Sociedade Beneficente de Campo Grande foi a pedra fundamental para a Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande a fim de oferecer atendimento humano em assistência médica para a população de 8 mil habitantes na época.
Entretanto, os 40 leitos, uma sala de cirurgia e a área administrativa deixaram de ser suficientes em pouquíssimo tempo. O sistema afetuoso de atendimento dignificou a pessoa humana de tal maneira que a população passou a buscar assistência médica intensamente nas dependências da instituição.
Um século passado e a identificação empática do corpo gestor e dos colaboradores em geral para com seus pacientes não se alterou. Esse caráter humano fez que a Santa Casa de Campo Grande alcançasse o nível de maior complexo hospitalar do Mato Grosso do Sul, talvez até mesmo do centro-oeste do país.
Decisões e Êxito da Santa Casa de Campo Grande
Para que a Santa Casa de Campo Grande se tornasse o centro de assistência médica que é hoje, a equipe gestora foi assertiva em muitas situações, e altamente eficiente em outras mais. Dessa forma, foi capaz de alavancar sobremaneira a imagem da instituição.
Assim, construiu nova unidade que iniciou atividades em 1980. O objetivo focal da instituição era enobrecer ainda mais o elemento humano que buscava seu apoio. Em área de 33 mil m2 e 750 leitos, passou a oferecer muito mais serviços médicos e maior conforto a pacientes e colaboradores.
Foi assim que a instituição aumentou a cobertura de sua assistência, ultrapassando os limites de Campo Grande. A partir de então, toda a população de Mato Grosso do Sul dispunha de atendimento adequado, baseado em relações humanas consistentes que, por sua vez, se baseia em respeito mútuo.
Do físico à alma e vice-versa
O caráter humanitário do corpo de atendimento da Santa Casa de Campo Grande não se restringe a promover bem-estar físico. Tendo nascido de incentivos fraternais, seria natural que também oferecesse serviços de atendimento religioso.
Assim, capelães imbuídos de instinto de bondade proporcionam alento espiritual a quantos se dispõem a recebê-los: cancerosos, pacientes graves, soropositivos, infantes, pacientes terminais etc., são alvo de tratamento especial a partir de ministração de conceitos religiosos.
O “tratamento” é praticamente individual, pois, segundo a experiência dos administradores do serviço, cada tipo de doença e de paciente requer um tipo adequado de preparo e sensibilização por parte do capelão.
Isso aplica ainda mais caráter humano nas relações hospital-paciente, mesmo porque o serviço religioso é extensivo a colaboradores e corpo médico em geral. Essa estratégia cria elos praticamente inquebrantáveis entre todos.
Estrutura e especialidades
A instituição é conhecida como a maior associação de assistência médica do estado do Mato Grosso do Sul. É grande o bastante para estender atendimento hospital até mesmo aos estados vizinhos. Até mesmo alguns países vizinhos aproveitam a estrutura da Santa Casa de Campo Grande.
Quase 90% da estrutura gerada é ocupada por conveniados do Sistema Único de Saúde – SUS. Afinal, a instituição é referência nas áreas:
- Neurocirurgia;
- Urgência e emergência;
- Transplantes (renais, córneas e válvulas cardíacas);
- Cirurgias cardíacas;
- Ortopedia;
- Gestação de alto risco;
- UTI (Especial e Neonatal);
- Tratamentos a queimados.
Além disso, a estrutura da Santa Casa de Campo Grande comporta o maior e mais completo pronto-socorro (adultos e infantil) do município do Estado de Mato Grosso do Sul. A média mensal de atendimentos de urgência e emergência é de quase 6 mil.
Para eficácia de seus procedimentos, a instituição conta com:
- 1 unidade intermediária (11 leitos ativos);
- 18 unidades de internação (especialidades, com 591 leitos);
- 2 ambulatórios de especialidades médicas (35 consultórios com áreas; individualizadas para SUS, convênios e particulares);
- 2 prontos atendimentos;
- 3 centros cirúrgicos com 21 salas (geral, obstetrícia e oftalmológica + bucomaxilofacial)
- 9 unidades de terapia intensiva tipo III contendo 93 leitos ativos
Os procedimentos diagnósticos oferecem:
- Tomografia Computadorizada;
- Ressonância Magnética;
- Laboratório de Análises Clínicas;
- Banco de Sangue;
- Endoscopia;
- Ultrassonografia;
- Eletrocardiograma;
- Ecocardiograma;
- Teste Ergométrico;
- Hemodinâmica;
- Estudos Urodinâmicos;
- Litotripsia;
- Fisioterapia;
- Hemodiálise;
- Banco de sangue.
Dentre outros serviços mais…
E ainda há projeto de criação do Hospital Dia.
É possível, portanto, perceber que a Santa Casa de Campo Grande tem se pautado no respeito humano que a acompanha desde sua fundação. Entretanto, reconhece que visão de boa gestão e uso do desenvolvimento tecnológico são fatores fundamentais no atual nível de evolução do Planeta.
Por isso se destaca como um dos melhores complexos hospitalares do Brasil.